Daniel Dantas terá de voltar à CPI dos Grampos. A comissão deseja colocá-lo frente a frente com o delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal.
Foi a forma encontrada para expor ao contraditório as declarações feitas pelo mandachuva do Opportunity no depoimento desta quarta (13).
Entre elas declaração de Dantas segundo a qual Protógenes lhe teria contado que investigaria a compra da Brasil Telecom pela Oi.
“Ele me disse que [...] ia até o fim e ia investigar o filho do presidente Lula”, disse Dantas, para pasmo de seus inquiridores.
Ele se referia a Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. É sócio da Gamecorp, uma empresa que produz joguinhos eletrônicos para celular.
Em 2004, a Telemar (rebatizada mais tarde de Oi) investiu na firma de Lulinha R$ 5 milhões. Pretextou interesse comercial.
Mas convive até hoje com insinuações de que, em verdade, adulava Lulinha para aproximar-se de Lulão.
Suspeitas tonificadas agora, com a aquisição da BrT. Um negócio que depende de mudanças na lei de outorgas da telefonia, a ser assinada por Lula.
A CPI dos Grampos volta a se reunir na quarta-feira (20) da próxima semana. Nesse dia, será votado o pedido de acareação.
Integrante da CPI, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) já encomendou à assessoria a redação do requerimento.
Jungmann perguntou a Daniel Dantas se ele se dispunha a encarar Protógenes. E ele, algo contrafeito: “Os senhores têm o poder de convocar.”
Embora escorado em decisão do STF que lhe permitia calar, Daniel Dantas falou mais do que o esperado. A estratégia, mal disfarçada atrás das palavras, ficou evidente.
Defendeu-se como pôde. E partiu para o ataque. Mirou em Protógenes e na Polícia Federal, em Paulo Lacerda e na Abin. Em Lulinha, em Lula e, por conseqüência, no governo.
Antes de deixar o recinto da CPI, Daniel Dantas ouviu do presidente da comissão, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) a observação de que seu "retorno" seria "inevitável."
"Por tudo o que ouvimos aqui hoje, parece que estamos diante de um enredo em que só há mocinhos. O que não parece crível", disse Itagiba. Dantas levantou-se. E saiu. Em silêncio.
Na opinião de Gustavo Fruet (PSDB-PR), o barulho que Daniel Dantas fizera antes teve objetivo claro: "Ele mandou uma série de recados."
Escrito por Josias de Souza às 23h47
Foi a forma encontrada para expor ao contraditório as declarações feitas pelo mandachuva do Opportunity no depoimento desta quarta (13).
Entre elas declaração de Dantas segundo a qual Protógenes lhe teria contado que investigaria a compra da Brasil Telecom pela Oi.
“Ele me disse que [...] ia até o fim e ia investigar o filho do presidente Lula”, disse Dantas, para pasmo de seus inquiridores.
Ele se referia a Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. É sócio da Gamecorp, uma empresa que produz joguinhos eletrônicos para celular.
Em 2004, a Telemar (rebatizada mais tarde de Oi) investiu na firma de Lulinha R$ 5 milhões. Pretextou interesse comercial.
Mas convive até hoje com insinuações de que, em verdade, adulava Lulinha para aproximar-se de Lulão.
Suspeitas tonificadas agora, com a aquisição da BrT. Um negócio que depende de mudanças na lei de outorgas da telefonia, a ser assinada por Lula.
A CPI dos Grampos volta a se reunir na quarta-feira (20) da próxima semana. Nesse dia, será votado o pedido de acareação.
Integrante da CPI, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) já encomendou à assessoria a redação do requerimento.
Jungmann perguntou a Daniel Dantas se ele se dispunha a encarar Protógenes. E ele, algo contrafeito: “Os senhores têm o poder de convocar.”
Embora escorado em decisão do STF que lhe permitia calar, Daniel Dantas falou mais do que o esperado. A estratégia, mal disfarçada atrás das palavras, ficou evidente.
Defendeu-se como pôde. E partiu para o ataque. Mirou em Protógenes e na Polícia Federal, em Paulo Lacerda e na Abin. Em Lulinha, em Lula e, por conseqüência, no governo.
Antes de deixar o recinto da CPI, Daniel Dantas ouviu do presidente da comissão, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) a observação de que seu "retorno" seria "inevitável."
"Por tudo o que ouvimos aqui hoje, parece que estamos diante de um enredo em que só há mocinhos. O que não parece crível", disse Itagiba. Dantas levantou-se. E saiu. Em silêncio.
Na opinião de Gustavo Fruet (PSDB-PR), o barulho que Daniel Dantas fizera antes teve objetivo claro: "Ele mandou uma série de recados."
Escrito por Josias de Souza às 23h47
Nenhum comentário:
Postar um comentário