Quarta-feira, Agosto 06, 2008
Lula pune General que apoiou arrozeiros de Roraima e facilita venda de terras públicas sem licitação na Amazônia
Edição de Quarta-feira do Alerta Total
Uma provável retaliação política alimenta ainda mais a crise militar em crescimento no desgoverno Lula. Os protestos já pipocam em Roraima, porque o comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, General Eliéser Girão Monteiro Filho, acabou transferido para Brasília. Foi o comandante que, meses atrás, recebeu em seu quartel alguns arrozeiros contrários a demarcação da área indígena Raposa/Serra do Sol em área contínua, acompanhados do deputado federal Márcio Junqueira (DEM).
A transferência do General é mais um ingrediente para esquentar o clima de revolta em Roraima, enquanto o Supremo Tribunal Federal não julga o caso Raposa do Sol. Ontem, antes de embarcar para a Olimpíada na China, o chefão Lula criou mais uma facilidade para a entrega da Amazônia ao capital internacional que compra terras na região. O presidente converteu em Lei a medida provisória que ampliou de 500 para 1.500 hectares o limite das áreas na Amazônia Legal que podem ser vendidas a seus ocupantes sem licitação.
Os protestos contra o desgoverno vão se intensificar. No dia 11 de agosto, produtores rurais de várias partes do País seguem de carro até lá, partindo de Mato Grosso. Eles promovem a Marcha rumo a Roraima com o slogan: "Acorda Brasil! A Amazônia é nossa”. No dia 14, fazem manifestações em Manaus. No dia seguinte, a caravana protesta em viagem para Boa Vista. No sábado, dia 16, promovem um grande encontro em Pacaraima. Todos contra a demarcação contínua da reserva Raposa do Sol.
No próximo dia 11 de agosto, caravanas partirão de várias capitais e cidades da Amazônia rumo a Roraima, com o objetivo de protestar contra a pretendida demarcação em área contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, no nordeste do estado. A decisão sobre o processo deverá ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos meses e os organizadores do que já está sendo chamado "Marcha a Roraima" pretendem manifestar com ela a posição de vários setores da sociedade amazônica, contrários à intensa interferência de ONGs internacionais na política brasileira para os povos indígenas. Uma dessas ONGs é a Survival International, com sede em Londres, Inglaterra, que tem apoiado ativamente o Conselho Indígena de Roraima (CIR) na campanha pela demarcação contínua, determinada pela Portaria 534/05 do Ministério da Justiça, homologada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2005. Recentemente, a Survival International patrocinou uma turnê de dois representantes do CIR a seis capitais européias e ao Vaticano, onde foram recebidos pelo Papa Bento XVI. A "Marcha" deverá terminar em Pacaraima, um dos dois municípios existentes dentro da área da reserva, que poderá desaparecer se o STF mantiver a demarcação contínua.
Quem lembra (...) quando os próceres petistas, (que então se mostravam) pseudo-nacionalistas, denunciavam a “internacionalização” da Amazônia como obra de milicos corruptos aliados a americanos espertos?
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Um grupo de governadores e congressistas brasileiros foi a Londres para “vender” a Amazônia. Deseja-se atrair investidores para projetos que desenvolvam a região sem devastá-la. Algo que tem enorme apelo na Europa. Nesta quarta-feira (30), a comitiva será recebida pelo príncipe Charles, herdeiro do trono britânico. Charles, aliás, abriu as portas de sua residência oficial, a Clarence House, para que a delegação brasileira pudesse mercadejar o seu peixe aos investidores, em exposições que se realizaram ao longo desta terça-feira (29). Integram a comitiva de “mercadores” da Amazônia três governadores: Ana Júlia (PT), do Pará; Waldez Góes (PDT), do Amapá; e José de Anchieta Júnior (PSDB), de Roraima. Entre os congressistas estão Tião Viana (PT-AC) e Arthur Virgílio (PSDB-AM).
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